Solidão leva crianças britânicas à internet, diz estudo

Uma pesquisa entre mais de 2 mil crianças britânicas revelou que 60% delas utilizam sites de bate-papo na internet para combater a solidão e 53% para compartilhar seus problemas. O estudo, realizado pela organização britânica de proteção à criança National Society for the Prevention of Cruelty to Children (NSPCC), constatou também que 50,4% dessas crianças já viveram experiências desagradáveis na rede, incluindo intimidação, ameaças ou assédio sexual. Ao todo 2.053 crianças, a maioria com idades entre 11 e 16 anos, participaram da pesquisa. Do total, 1.187 eram meninos e 866, meninas. Mais da metade dos jovens, um total de 1.071, disseram que visitam sites de bate-papo ao menos uma vez por dia. Razões Quando perguntados sobre as razões pelas quais visitam os sites, cerca de 90% dos participantes responderam que usam a internet para fazer amigos e 80% para fazer contato com pessoas conhecidas. Mais de 60% usam a rede para encontrar pessoas parecidas com elas e "receber conselhos de pessoas da mesma idade". Cerca de 55% usam a internet para saber que não estão sozinhas. Ajudar um amigo em situação difícil ou buscar apoio quando em uma situação difícil também foram respostas comuns. A NSPCC manifestou preocupação com a popularidade de sites como Bebo ou MySpace, visitados diariamente por 52% dos entrevistados. A pesquisa é parte de uma campanha da entidade para encorajar as crianças a denunciar abusos sofridos em sites de bate-papo. Dados Pessoais "Crianças sofrem ameaças reais na internet, como abordagens sexuais, intimidação, exposição a imagens violentas, pornografia e outros materiais inapropriados", disse Mary Marsh, diretora da NSPCC. "Interação social na internet é parte das vidas de milhões de crianças", acrescentou. "Temos de reconhecer e responder a esta realidade ajudando-as a usar a internet de forma mais segura e, ao mesmo tempo, a denunciar abusos" Estudos anteriores revelam que uma em cada três crianças que utilizam a internet já recebeu comentários sexuais indesejados pela rede ou por torpedo. Quase a metade (46%) já deu dados pessoais, incluindo fotografias e número do telefone, a alguém que conheceu na internet. Meninas que ligaram para o telefone da NSPCC dedicado à criança disseram que marcaram encontros com meninos que conheceram em sites de bate-papo, mas ao conhecê-los descobriram que eram, na verdade, homens mais velhos procurando por sexo. A NSPCC aconselha crianças a nunca revelar seus dados pessoais na internet, nem mesmo seu nome verdadeiro. (Fonte: BBCBrasil)

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