Excesso de TV e internet pode afetar saúde de crianças, diz estudo

Exposição à mídia está vinculada a obesidade e fumo, segundo pesquisa. Ligação a problemas de deficiência de atenção, porém, não é tão firme.
Passar muito tempo assistindo TV, jogando videogames e navegando pela internet faz com que as crianças fiquem mais sujeitas a diversos problemas de saúde, entre os quais obesidade e fumo, disseram pesquisadores norte-americanos nesta terça-feira (2). Especialistas do National Institutes of Health dos Estados Unidos, da Universidade Yale e do California Pacific Medical Center analisaram 173 estudos conduzidos desde 1980, em uma das mais abrangentes avaliações já realizadas sobre a maneira pela qual a exposição a fontes de mídia pode afetar a saúde de crianças e adolescentes. Os estudos, a maioria dos quais realizados nos EUA, se concentram em televisão, mas alguns também consideram videogames, filmes, música e uso de internet e computadores. Três quartos das avaliações apontam que consumo mais alto de mídia está associado a resultados negativos de saúde. Os estudos oferecem fortes indícios de que as crianças com mais exposição à mídia têm maior propensão à obesidade, ao fumo e a iniciar atividades sexuais mais cedo do que as crianças que passem menos tempo diante de uma tela, dizem os pesquisadores. Outras pesquisas apontam que mais exposição à mídia também está vinculada a uso de álcool e drogas e desempenho escolar mais baixo, mas os indícios quanto a um vínculo a problemas de deficiência de atenção e hiperatividade não são tão firmes, eles apontam. "Acredito que o número de pesquisas que demonstram esse impacto negativo de saúde tenha sido uma surpresa", disse o médico Ezekiel Emanuel, do NIH, um dos pesquisadores responsáveis pelo relatório divulgado pela organização sem fins lucrativos Common Sense Media, em entrevista por telefone. "O fato de que a questão da quantidade talvez importe mais que o conteúdo em si também é causa de preocupação. Temos uma vida de alta saturação de mídia, no século 21, e reduzir as horas de exposição será uma questão importante", acrescentou. (Fonte: G1)

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