Internet te deixará mais inteligente, dizem especialistas

Uma pesquisa feita online com 895 internautas e especialistas mostrou que mais de três quartos dos entrevistados acreditam que a Internet deixará as pessoas mais inteligentes ao longo dos próximos 10 anos. A maioria dos entrevistados também afirmou que a Internet irá melhorar os níveis de leitura e escrita até 2020, segundo o estudo do Imagining the Internet Center, da Universidade de Elon, e o projeto Pew Internet and American Life. "Três em cada quatro especialistas afirmaram que o uso da Internet aumenta a inteligência humana, e dois terços disseram que o uso da Internet já melhorou os níveis de leitura, escrita e compreensão de conhecimento", disse a co-autora do estudo, Janna Anderson, diretora do Imagining the Internet Center. Mas 21 por cento dos entrevistados disseram que a Internet tem o efeito contrário e pode até diminuir a inteligência de quem a usa muito. "Ainda há muitas pessoas que são críticas do impacto do Google, Wikipedia e outras ferramentas da Web", disse ela. A pesquisa coletou opiniões de cientistas, líderes de negócios, consultores, escritores e engenheiros de tecnologia, além de internautas escolhidos pelo pesquisadores. Das 895 pessoas entrevistadas, 371 delas seriam "especialistas". O que incitou os pesquisadores, em parte, foi uma reportagem de capa da Atlantic Monthly de agosto de 2008, escrita pelo repórter de tecnologia Nicholas Carr: "O Google está nos deixando burros?" No artigo, Carr sugere que o uso excessivo da Internet estaria afetando a capacidade de concentração e reflexão das pessoas. Carr, que participou do estudo, afirmou que ainda concorda com essa visão. "O que a Internet faz é transferir o foco de nossa inteligência de uma inteligência meditativa ou contemplativa para o que pode ser chamado de uma inteligência utilitária", disse Carr no release que acompanha a pesquisa. "O preço de ficarmos pulando de pedaço em pedaço de informação é a perda de profundidade de nossa reflexão." Já o fundador do Craiglist, Craig Newmark, afirmou, que "as pessoas já usam o Google como adjunto de sua própria memória". "Por exemplo, eu acho que estou certo sobre alguma coisa, e preciso de fatos para sustentar isso e o Google me ajuda com isso", disse ele. A pesquisa também mostra que 42 por cento dos especialistas acreditam que a atividade online anônima será "drasticamente reduzida" até 2020, graças a melhores sistemas de segurança e de identificação, ao passo que 55 por cento crêem que ainda será razoavelmente fácil navegar pela Internet em anonimato daqui a dez anos.[Fonte: G1]

Transístor orgânico imita sinapses e abre caminho para neurocomputadores

O neurotransístor abre caminho para a fabricação do primeiro circuito eletrônico que, quando efetivamente construído, irá merecer a qualificação de "cérebro eletrônico" ou "cérebro artificial". [Imagem: Alibart et al./AFM]
Cientistas franceses criaram um transístor orgânico que é capaz de simular as principais funcionalidades de uma sinapse, abrindo caminho para a criação de neurocomputadores, uma nova geração de computadores futuristas que poderão funcionar de forma similar ao cérebro humano.
Neurotransístor: O transístor é o componente básico de toda a eletrônica, e dos computadores em particular, enquanto uma sinapse é uma conexão entre os neurônios, as células fundamentais do cérebro. O novo transístor orgânico capaz de imitar uma sinapse foi construído com uma molécula chamada pentaceno e com nanopartículas de ouro. O pentaceno é uma molécula orgânica que possui 22 átomos de carbono e 14 átomos de hidrogênio, uma espécie de cristal submicrocópico. O pentaceno foi a primeira molécula individual a ser fotografada pelos cientistas. O "neurotransístor" foi batizado de NOMFET - Nanoparticle Organic Memory Field-Effect Transistor, uma expressão virtualmente intraduzível que junta transístor de efeito de campo, um tipo clássico de transístor eletrônico, com as indicações de que ele funciona como uma memória, é orgânico (feito à base de carbono) e utiliza nanopartículas.
Computador neuronal: Apesar das inúmeras comparações, e de termos como "cérebro eletrônico" terem uso corrente, um computador funciona de forma muito diferente do cérebro humano. As incríveis capacidades deste último fazem com que os cientistas procurem imitá-lo há muito tempo, até agora com resultados limitados. A maior parte dos esforços nesse sentido tem procurado usar células vivas e interfaceá-las com circuitos eletrônicos - veja, por exemplo, Neurônios são usados para construir circuito de neurocomputador e Robô é controlado por cérebro biológico artificial. A pesquisa agora divulgada trabalha no sentido oposto, criando componentes inertes que procuram imitar o princípio de funcionamento do organismo biológico - outra abordagem nesse mesmo sentido pode ser vista na reportagem Neurônio artificial pode criar estrutura capaz de emular cérebro humano
Sinapses: Uma sinapse é a junção entre dois neurônios, permitindo a transmissão de mensagens elétricas de um neurônio para outro e a adaptação da mensagem em função da natureza do sinal de entrada, um fenômeno conhecido como plasticidade. Por exemplo, se a sinapse recebe pulsos com intervalos muito curtos, ela irá transmitir uma ação potencial mais intensa. Inversamente, se os pulsos são mais espaçados, o potencial de ação será mais fraco. Foi esta plasticidade que os pesquisadores conseguiram reproduzir com o seu neurotransístor NOMFET.
Transistores: Um transístor, o bloco básico de qualquer circuito eletrônico, é usado principalmente como um interruptor simples, permitindo que um sinal seja transmitido ou interrompido - ele pode funcionar também como um amplificador. Os transistores são feitos principalmente de silício e outros materiais semicondutores. Mais recentemente, os pesquisadores começaram a fabricar transistores à base de carbono, os chamados transistores orgânicos. A inovação do NOMFET reside em uma combinação inédita de um transístor orgânico com nanopartículas de ouro.
Plasticidade cerebral: As nanopartículas de ouro encapsuladas com pentaceno, fixadas no canal de passagem de corrente elétrica do transistor e revestidas com pentaceno, têm um efeito de memória que permite que elas imitem a maneira como uma sinapse funciona durante a transmissão dos potenciais de ação entre dois neurônios. Em outras palavras, eles replicam o fenômeno da plasticidade. E, o que é ainda mais significativo, esta propriedade de plasticidade significa que esse neurotransístor eletrônico será capaz de evoluir em função do sistema no qual ele for utilizado. Nos testes, um transístor orgânico com nanopartícula apresentou um rendimento similar ao dos sete transistores CMOS comuns que são necessários para imitar a plasticidade que ele possui individualmente.
Cérebro artificial: Os pesquisadores franceses afirmam que seus NOMFETs já foram otimizados para funcionar em suas dimensões nanométricas, o que permitirá sua integração em larga escala para a construção de circuitos integrados que utilizem um grande número deles - eventualmente o primeiro circuito eletrônico que, quando construído, irá merecer a qualificação de "cérebro eletrônico" ou "cérebro artificial". Segundo eles, os computadores inspirados em neurônios, que poderão ser construídos usando a nova tecnologia, serão capazes de desempenhar funções comparáveis às do cérebro humano. Ao contrário dos computadores tradicionais, baseados em transistores de silício, os neurocomputadores inspirados no cérebro, seja no cérebro humano, seja no cérebro mais simples de animais, serão potencialmente capazes de resolver problemas muito mais complexos, superando os supercomputadores atuais. [Fonte: Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/01/2010]
Bibliografia:
An Organic Nanoparticle Transistor Behaving as a Biological Spiking Synapse
Fabien Alibart, Stéphane Pleutin, David Guérin, Christophe Novembre, Stéphane Lenfant, Kamal Lmimouni, Christian Gamrat, Dominique Vuillaume
Advanced Functional Materials
22 January 2010
Vol.: 20 Issue 2, Pages 330 - 337
DOI: 10.1002/adfm.200901335

Mais de 60 milhões de brasileiros acessam a internet

Uma pesquisa do Ibope Nielsen Online divulgada nesta quarta-feira (10) mostrou que 66,3 milhões de brasileiros acessaram a internet em dezembro de 2009. O resultado soma acessos em residências e trabalho.Durante o mês, a média registrada foi de 44 horas, mais do que os americanos (40 horas/mês) ou australianos (39 horas/mês). Se for somado o uso de aplicativos que utilizam a internet, o número brasileiro chega a 66 horas na web.Os sites mais visitados em dezembro foram de telecomunicações e serviços de internet, com 34.587 milhões de usuários, seguidas pelos buscadores, portais e comunidades (34.617 milhões) e entretenimento com 31.678 milhões. De acordo com o estudo, 13,7 milhões de internautas acessaram sites de vídeos, como o YouTube, e mais 13,8 milhões acessaram vídeos profissionais, completando 1 hora e 5 minutos de visualização de vídeos no mês. [Fonte: PopNews]

Uso excessivo da internet é sinal de depressão

Pessoas que ficam o tempo todo plugadas na internet têm mais tendência à depressão. É o que afirmam pesquisadores da Universidade de Leeds, na Inglaterra: pessoas consideradas viciadas em internet são cinco vezes mais deprimidas do que o internauta padrão. A pesquisa examinou 1.319 pessoas com idades entre 16 e 61 anos.
– Nossa pesquisa indica que o uso excessivo da internet está associado com depressão, mas o que não sabemos é o que vem primeiro. Se as pessoas depressivas são atraídas pela internet ou se o uso da rede causa depressão – diz Catriona Morrison, uma das autoras do estudo. – Agora precisamos investigar a natureza desta relação e avaliar a questão da causa. Segundo os cientistas que elaboraram o estudo, usuários que fazem uso compulsivo da internet substituem a interação social no mundo real pelo virtual, em redes sociais ou chats. O grupo dos “viciados em internet” é formado principalmente por usuários mais jovens, com média de idade de 21 anos. [Fonte: JB]

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