Round 6 Se Populariza Entre Crianças e Adolescentes; Segundo Especialistas, Pais Devem Ter Atenção

Apesar de ter o roteiro repleto de brincadeiras infantis, o seriado sul-coreano é marcado pela violência. A popularização do conteúdo entre crianças e adolescentes pode ser prejudicial a sua saúde mental.

"Round 6" estreou em Setembro de 2021 na Netflix (foto: Reprodução/Twitter)

Lançada no último mês de setembro, a série sul-coreana "Round 6" (Squid Game, nome original), já se tornou a mais assistida da plataforma de streaming Netflix, alcançando 111 milhões de perfis de usuários. Apesar do sucesso, a popularização do seriado vem causando preocupação entre pais e escolas. Isso porque mesmo com a classificação indicativa para maiores de 16 anos, muitas crianças e adolescentes com idade abaixo do recomendado assistiram à série.

No Paraná, o Departamento de Justiça da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), por meio do Programa Reconecte Paraná, emitiu um alerta para a Rede de Proteção a Infância recomendando que pais e responsáveis fiquem atentos e orientem os menores quanto ao conteúdo da série. Segundo a Sejuf, mesmo adolescentes de 16 anos podem não possuir características perceptivas, intelectuais e mentais em condições de acessar conteúdos bárbaros como os anunciados, sem prejuízos de várias ordens para a sua integridade mental.

Escolas de Salvador (BA) já haviam emitido um comunicado neste mês, alertando aos pais de que o seriado pode atrair as crianças por ter em seu roteiro brincadeiras populares, mas pode ser extremamente prejudicial a elas pois sua trama é marcada por violência. Na França, na última quarta-feira, 13, cinco crianças foram hospitalizadas após tentarem reproduzir brincadeiras do seriado.

De acordo com o jornal Le Parisien, o acidente aconteceu em uma escola da região da Ilha de França, crianças do sexto ano repetiram um dos jogos de "Round 6" com outras crianças do terceiro ano. A escola teria aberto processo para expulsar três estudantes. O estado das crianças hospitalizadas não foi divulgado.

No Ceará ainda não houve posicionamento das instituições de ensino ou do poder público em relação ao conteúdo de "Round 6". Para a psicopedagoga Gabriela Accioly, esse posicionamento das escolas em relação à exposição das crianças à série é muito importante. Segundo ela, mesmo sendo um papel principalmente da família, a escola tem o dever social de orientar, promovendo debates e diálogos sobre o tema.

Gabriela afirma que é preocupante como as crianças estão tendo alta exposição a telas e acesso à internet cada vez mais cedo. “Essas crianças podem ter problemas com pesadelos, insônia, por não ter maturidade suficiente para diferenciar realidade de ficção. Eu trabalho com crianças que sofrem bullying, por exemplo, e esse tipo de conteúdo pode despertar gatilhos emocionais”, afirma.

Com a popularização da série nas redes sociais, crianças com idade abaixo do recomendado pela classificação indicativa assistiram ou tiveram acesso a algum conteúdo sobre Round 6. “Ouço muitos relatos de crianças que escutam os colegas da escola falando da série, o conteúdo dela já está em jogos também, e essa popularização tem feito com que as informações sobre a série se alastrem”, explica.

A Psicóloga Djanira de Sousa ressalta que as restrições de visualização por classificação etária nos filmes e séries não existem por acaso. “Elas são o resultado da avaliação de especialistas sobre o que pode não ser interessante ou mesmo apropriado para determinadas faixas de desenvolvimento, pois podem ser conteúdos difíceis de serem consumidos de forma saudável para crianças e adolescentes”, explica.

Djanira orienta que proibir talvez não tenha tanto efeito. Por isso, é importante que a família construa um canal de comunicação com os filhos e converse sobre o que é adequado e saudável para a idade deles. Além de aproveitar a situação para pensar em alternativas de diversão e lazer, refletindo juntos sobre possibilidades de escolhas e de outras opções que sejam interessantes para as crianças e para a família.

Entretanto, a psicóloga afirma que os limites devem ser estabelecidos de modo firme e seguro pelos pais, além disso, precisam estar claros para as crianças e adolescentes. Ela explica ainda que o fato de assistirem cenas impactantes de violência não fará com que crianças e adolescentes se tornem pessoas violentas ou com personalidades perversas. No entanto, quando ainda pequenas, elas não desenvolveram recursos cognitivos e emocionais para compreenderem adequadamente algumas situações que envolvem morte, suicídio, crueldade, dentre outros.

Para Djanira, devido ao contexto da Pandemia de Covid-19 e as medidas de distanciamento, isolamento e restrições de contatos sociais, profissionais e escolares, é importante supervisionar e cuidar daquilo que as crianças e adolescentes estão entrando em contato para não agravar sentimentos negativos como fragilidade, ansiedade, angústia e tristeza, que já atinge tanto os adultos quanto as crianças e adolescentes.

Fonte: O Povo


Qual a Intenção de "Corromper" os Super-Heróis Clássicos? Por que o Superman Agora Tem Que Ser Gay?




[...] No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez.
Homem e mulher os criou; e os abençoou [...] no dia em que foram criados. 

Os super-heróis foram originalmente criados por Judeus, sendo a representação da esperança desse povo por salvação e seu anseio pelo Salvador. Mas isso não explica totalmente o porquê são tão populares e adentram tanto na cultura pop entre as mais diferentes pessoas. Ora, podemos entender que cristãos sentem esperança ao ler esses quadrinhos, mas e ateus? O arquétipo de um salvador metafísico não deveria ressoar em seus corações ao ponto de motiva-los a consumir essa mídia. 

A questão é que esses contos fictícios são populares porque satisfazem um motivo humano básico: dividir o mundo em pessoas boas e más. Nos quadrinhos, os bandidos são maus, sabem que são maus e adoram ser maus. Enquanto temos a força oposta a eles, os super-heróis que são a representação do que é puro e bom.

Em suma, os quadrinhos de super-heróis, como outras histórias e contos moralistas, são populares em parte porque satisfazem uma motivação humana básica: a motivação para dividir o mundo social em pessoas boas e más, e para elogiá-los moralmente e condená-los de acordo. Em sua moderna encarnação em quadrinhos de super-heróis, no entanto, esses contos retratam uma moralidade exagerada que foi despojada de sua sutileza do mundo real. Em contos de super-heróis versus super-vilões, o bem moral e o mal moral são sempre ações de agentes morais facilmente identificáveis ​​com intenções e ações inequívocas. São exatamente essas qualidades que tornam essas histórias tão agradáveis. Eles oferecem o apelo de uma moralidade exagerada e caricaturada que satisfaz a inclinação humana natural para a moralização.

Dessa forma os super-heróis ajudam a moldar a formação do imaginário da criança: a imaginação é formada coletando aquilo que se experimenta com os sentidos, como todas as limitações impostas pela realidade, a fim de ajudar a criança a se instalar na própria realidade.

E mais importante, nos sentimos indignados ao ver os atos de vilania e injustiça moral retratada nas atitudes dos vilões, e a indignação moral proporciona aos indivíduos altamente sensíveis à justiça um senso mais forte de significado na vida.

Dessa forma, os quadrinhos, assim como as histórias em geral, nos proporcionam lições e propósito, principalmente para os meninos frente a ausência paterna, pois ali encontrarão lições norteadoras sobre o que significa ser um homem e qual seu papel na vida. Então, destruir esse arquétipo por corrompe-lo, faz parte da agenda progressista, pois visa retirar dos jovens os referenciais ou, ao menos, subverte-los, para que o que seja aprendido seja o contrário da proposta original.

Perverter os heróis é uma forma de perverter os jovens!

Autor: Paulo André no Facebook.

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