Entenda o Que é o Metaverso e Qual Será a Sua influência

Será possível conhecer mundos fantásticos com avatares personalizáveis

Então, o que é metaverso? É um novo mundo?

O conceito do que é metaverso ainda é confuso para muitos. Pode ser mais fácil dizendo primeiro o que ele não é: não é um jogo, não é um único produto e não pertence a uma única empresa. É correto afirmar que é uma espécie de novo mundo, onde atividades reais e fictícias podem acontecer, e nós já estamos nele — pelo menos alguns!

“O metaverso é apenas uma camada digital de nossas vidas. Ele irá existir assim que tudo que nós fazemos digitalmente for completamente conectado, interligado. Então, se eu comprar uma camiseta amarela no Fortinite, posso usá-la no Instagram, no Facebook, como uma experiência de Realidade Aumentada, todas interconectadas. O metaverso é uma extensão de nossas vidas físicas no âmbito digital”.

Kerry Murphy, CEO da The Fabrication, sobre o conceito de metaverso

A junção de Inteligência ArtificialRealidade virtual aumentada e Blockchain proporciona a criação de um ambiente virtual multifuncional, onde podemos jogar, comprar, vender e tantas outras coisas ao mesmo tempo.

Nos últimos anos, surgiram diversas plataformas digitais que nos mostraram a ponta do iceberg do que é viver no metaverso, mas ainda há um caminho longo a percorrer para concretizar o que os sonhadores de 80 tinham em mente. É por isso que separamos o desenvolvimento do metaverso em passado, presente e futuro para mostrar onde estamos e onde pretende-se chegar.

O que é metaverso e como surgiu?

Comecemos pelo passado. A construção do que é metaverso em teoria se inicia com Neal Stephenson em 1982 no livro “Snow Crash”, integrante da literatura Cyberpunk. O autor usa o conceito como uma realidade paralela, não necessariamente ficcional. Ele não é real, mas passa a sensação de realidade por meio de equipamentos.

Foi a partir daí que especialistas, pesquisadores e empresários nomearam a vida imersiva no ciberespaço. O termo nasce da junção de “meta”, prefixo usado pra indicar algo posterior, com o que conhecemos como todo o espaço explorado pelo ser humano, o universo. Basicamente, é a convergência entre realidade física, realidade virtual e realidade aumentada, todas com um toque de inteligência artificial.

Ao longo dos anos, a evolução da tecnologia proporciona sua concretização, mas exige padronização e cooperação entre os grandes players do mercado para definir o que é metaverso nessa nova era.

Vislumbre do Metaverso na cultura pop

Como dito acima, tudo começou em Snow Crash, em que um entregador de pizza se transforma em príncipe samurai ao entrar num universo de algoritmos. Outra obra que aborda o tema e dá uma amostra do que se parece com o metaverso é o filme Matrix. O que todos eles tem em comum? Qualquer coisa que possamos imaginar pode existir dentro deles.

Mas é apenas em 2011 que a ficção científica chega perto do que podemos vivenciar nos próximos anos. O livro “Ready Player One, de Ernest Cline, conta a história de um universo virtual chamado “OASIS”, no qual os usuários vivem aventuras e consomem sem limites por meio de avatares. O que é metaverso, em teoria, é praticado ali.

Como funciona o metaverso?

Entendemos o que é o metaverso no passado, agora é hora de ver como ele passou a fazer parte de nossas vidas. A realidade virtual acontece em paralelo, ou seja, o usuário não é necessariamente a personificação da imagem própria. Claro, cada nicho e empresa que investe nesse novo mundo, possui objetivos e públicos diferentes.

Por exemplo, o Facebook deseja fornecer um espaço virtual que facilite a vida de um trabalhador com urgências e dores atuais. E o que faz parte do dia dessa pessoa? Reuniões on-line, conversas remotas e outras atividades que envolvem a tecnologia. A porta de entrada e primeiro produto para o metaverso é o Horizon Workrooms.

Já a Riot Games criou a K/DA, uma banda que conta com uma nova personagem criada para integrar tanto a atração musical quanto o jogo League of Legends. O caso também é um exemplar de expansão do metaverso pois mistura o mundo real com o digital de maneira indissociável. Em outras palavras, é a concretização do desejo de interagir online de maneira plena.

Por meio das redes sociais, realidade aumentada, lojas virtuais, videogames e tokens não fungíveis (NFTs), empresas estão construindo seus próprios metaversos, onde a nossa vida física e virtual convergem. 

Vale ressaltar que podemos estar diante de uma grande revolução ou de um fracasso espetacular.  Em 2003, foi lançado o Second Life, a fim de oferecer uma realidade paralela onde os usuários realizavam atividades do dia a dia, com a vantagem de conhecer e interagir com pessoas que não estavam no mesmo espaço fisicamente. Como qualquer novidade, houve grande interesse e cobertura da imprensa, mas o entusiasmo teve fim. Seria o conceito do metaverso mais um desses casos?

Quem está investindo no metaverso?

É hora de falar sobre o futuro e por quê ele parece promissor para o que o metaverso deseja ser. Os maiores players do metaverso atualmente são as empresas produtoras de jogos. Games como Roblox e Fortnite garantem uma experiência diferenciada através da interação de avatares personalizáveis. Um grande exemplo prático é o show do rapper Travis Scott na plataforma do Fortnite, utilizando um avatar próprio e quase idêntico ao cantor.

Claro, o Facebook Microsoft não ficam para trás com aplicativos e produtos metaverso já em desenvolvimento. O foco das soluções que essas empresas querem fornecer no ambiente virtual é o mundo corporativo pós-pandemia. O Facebook une o Horizon Workrooms e o Oculus Quest 2 para deixar uma reunião em escritório virtual remota mais realista e com sensação de proximidade.

Também podemos ver o metaverso crescendo no Brasil. O Boticário, por exemplo, criou uma loja conceito virtual no jogo Avakin Life. Ao realizar uma troca de pontos por “BotCoins”, os usuários recebiam recompensas no jogo. A Havaianas se mostra interessada no metaverso ao leiloar uma coleção em NFT, desenvolvida em parceria com o designer e artista Adhemas Batista.

Nova geração de consumidores

O estabelecimento do metaverso como uma via de interação definitiva na internet tem grande chance de sucesso por conta das gerações que estão nascendo num mundo já digitalizado. No momento, pagamos nossas contas online, fazemos a feirinha da semana em lojas virtuais, mas essa extensão de nossas vidas pode ir bem além disso.

A pessoa poderá participar de reuniões virtuais com um avatar 3D no Microsoft Teams ou Horizon Workrooms e, logo em seguida, assistir a um show de música com amigos e seus avatares. Tudo isso em questão de segundos, sem sair de casa. A música termina e a banda diz “não se esqueça de comprar uma camiseta!”, ela vai até uma barraquinha virtual, paga pela camiseta com criptomoeda e aparece na reunião do dia seguinte com o um novo look.

Hype momentâneo x Evolução da Internet

Algumas tentativas da realidade virtual tomar conta da rotina humana já apareceram e, conforme foram aproveitadas, desapareceram por conta do cansaço das pessoas, como o Second Life. Há 20 anos, já vendiam e compravam itens por lá e shows virtuais de cantores famosos eram promovidos. Logo, o que é diferente agora?

Uma das razões para a expectativa de sucesso é a evolução dos gráficos e da conectividade. A popularidade de universos partilhados também foi incentivada pela Marvel DC, que são umas das principais produtoras de conteúdo midiático há mais de 10 anos.

Além disso, o gigante de contabilidade e consultoria PwC prevê que as tecnologias VR e AR proporcionarão um aumento de US$ 1,5 trilhão à economia global até 2030. Ou seja, o mercado se mostra ansioso por esse novo mundo.

Não podemos esquecer a pandemia que manteve bilhões de pessoas distantes do contato humano e vida normal por mais de um ano. Isso pode ter impactado as experiências sociais a ponto de aumentar a presença em espaços virtuais para representação pessoal e engajamento por anos.

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FontesThe VergeBBC e Glamurama. Showmetech

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